Banese

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Para Venâncio, finanças do Estado podem não comportar novo empréstimo


 *Por Lays Millena 

Deputado Venâncio Fonseca (PP)
FOTO: Agência Alese
Durante as últimas semanas, o Proinvest (Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal) foi tema principal na imprensa sergipana. O governo do Estado está tentando, de várias formas, convencer os deputados da Assembleia Legislativa quanto à necessidade de Sergipe receber o empréstimo de R$ 727 milhões que, de acordo com o deputado Venâncio Fonseca (PP), pode não ser comportado pela atual situação financeira do Estado. Fazendo uma retrospectiva, o deputado relembra a chegada de Marcelo Déda (PT) ao governo em janeiro de 2007 quando, segundo o parlamentar, Sergipe devia, aproximadamente, R$ 829 milhões, valor acumulado em toda a história política do estado.

“Em 2007 e 2008, o governo não tomou R$ 1 sequer de empréstimo. No final de 2008, Nilson Lima deixou a secretaria da Fazenda do Estado, com R$ 1 bilhão em caixa. Em 2009, o governo começa a apresentar alguns problemas e tomou um empréstimo de R$ 170 milhões. Em 2010, 2011 e 2012 foram realizados empréstimos de R$ 409 milhões, R$ 377 milhões e R$ 62 milhões, respectivamente. Tudo isso foi aprovado pela Assembleia Legislativa, somando R$ 1,2 bilhão. Portanto, não podem reclamar”, revela o parlamentar em entrevista aos jornalistas André Barros e Rosalvo Nogueira no Jornal da Manhã da Jovem Pan.
Venâncio Fonseca em entrevista aos jornalistas
André Barros e Rosalvo Nogueira
na Jovem Pan

FOTO: Assessoria do parlamentar

Segundo Venâncio, houve um descontrole com as contas do Estado e a dívida cresceu em 196%. “Nesse empréstimo, o grande avalista é o servidor, porque o que está como garantia é o FPE (Fundo de Participação dos Estados), quase 60% do rendimento do Estado e uma das fontes pagadoras do funcionalismo público”, afirma. Para o parlamentar, Sergipe não tem capacidade de endividamento. “Por que está devendo a todo mundo? Se não vai pagar as férias dos servidores, como pode se endividar?”, questiona.

O deputado informou que o pedido de empréstimo chegou à Assembleia antes da eleição, há 60 dias. “Negamos o requerimento de urgência porque eles não queriam, na verdade, dar explicações. De gogó e lorota, o PT é profissional. Quero ver na prática. O governo precisa esclarecer as coisas”, reforça. Segundo Venâncio, outros gestores construíam as obras com as emendas do orçamento da União. “Eles tinham prestígio político e projetos, coisas que faltam nesse governo”, diz.

Além disso, o parlamentar relembra o comportamento do governador em exercício, Jackson Barreto (PMDB), com os irmãos Edvan (PTB) e Eduardo Amorim (PSC). “Foram chamados de “fuleiros”, chefe de milícias, traíras; isso tudo reprova o requerimento de urgência. O líder do governo foi para a tribuna, esculhambou os Amorim que, gostem ou não gostem, são lideranças políticas incontestáveis em Sergipe”, destaca. Questionado sobre a aprovação ou não do empréstimo, Venâncio diz que não ouviu de nenhum parlamentar negativa aos R$ 727 milhões. “No entanto, precisamos de mais esclarecimentos”, salienta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja bem-vindo ao nosso blog. Sua opinião é importante para nós!