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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Secretaria de Saúde e Hospital Universitário atendem crianças com suspeita de microcefalia

Helen Larissa tem apenas 16 anos. Deixou a pouco de ser criança para enfrentar novas fases da vida. Junto com as mudanças da adolescência, a menina acaba de assumir uma responsabilidade de gente grande: ser mãe da pequena Ayla. A surpresa da gravidez veio acompanhada de outra notícia, essa não muito grata. "No oitavo mês de gestação, durante uma ultrassonografia, o médico detectou que minha filha tinha microcefalia, o que me assustou muito no primeiro momento. Eu sabia pouco sobre a doença e tive medo de não dar conta da situação", relata a jovem, que realizou todo o pré-natal corretamente.


Mas, ao contrário do que imaginava, Helen tem encarado com maturidade o problema de saúde da filha. "Acredito que tudo tem um propósito na vida. E diante de uma realidade tão nova para mim, com tantas dúvidas, de uma coisa eu tenho certeza. Não vai faltar amor para minha pequena", garantiu. Enquanto ela assegura o afeto e os cuidados que só uma mãe pode oferecer, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) trabalha para que Ayla e todos os outros bebês nascidos com Microcefalia recebam um acolhimento eficaz.

Nessa quinta-feira, 17, por exemplo, em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e o Hospital Universitário (HU), foi realizado um mutirão para atender cerca de 60 crianças com suspeita da patologia, um compromisso firmado pela instituição com o governo estadual, que prevê a colaboração com assistência médica desses bebês. "Pelo Protocolo do Estado, o HU será a referência para as crianças que não fazem parte da Região de Aracaju nem estão assistidas pelo Ambulatório de Follow-Up da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL)?, esclarece a coordenadora do Núcleo de Doenças Transmissíveis da SES, Mércia Feitosa.

Segundo a gestora, esse primeiro momento foi uma avaliação dos casos já notificados, para que seja feita uma triagem e uma definição de cada um. "Somente desta forma nós teremos a confirmação ou o afastamento do diagnóstico e, por conseguinte, o encaminhamento e acompanhamento correto da criança", completou. Profissionais de várias especialidades participaram da ação, como pediatras, fisioterapeutas oftalmologistas. "Assim, aqueles bebês que tiveram a doença confirmada, já receberam o acompanhamento interdisciplinar", detalhou o médico Marco Valadares, chefe da Unidade de Atenção à Criança do HU.

Os bebês atendidos também tiveram colhido material para exames laboratoriais, além do agendamento para realização de consultas e outros procedimentos específicos. "A intenção é que este paciente saia com perspectiva, tendo a certeza que, a partir de agora, ele receberá esse acolhimento contínuo, inclusive com neuropediatras", complementa o médico, lembrando que, pelo menos a cada 30 dias, todas as crianças serão acompanhadas pelos profissionais do HU. "Mesmo nos casos em que a Microcefalia não é diagnosticada, é importante esse contato entre o hospital e a mãe, a fim de que ela cumpra as consultas mensais de rotina, naturais para cada bebê", concluiu.

Da ASN

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